domingo, 18 de dezembro de 2011

CIRCUNSTÂNCIAS


Estou suspenso
Qual ilusão de um olhar
Ou janela entreaberta…
Num desejo
Súbito encantamento…
Ao qual me ofereci…
Em que adormeço
A razão deste sonhar…
Deste movimento…
Onde te procuro!
E cultivo na tua essência…
As memórias apagadas…
Dos lugares onde não vivo…
E as razões que desconheço!

Alex M

sábado, 19 de novembro de 2011

PAIRAR…

Perguntei-te
Onde me encontrar…
Neste refúgio
Onde o que procuro
Por caminhos já esquecidos
Se despede dos domínios da minha existência…
Ao meu lado
O sol reflectiu na tua alma
Quando me olhaste e nada disseste…
Li nos teus olhos
A vontade de me abraçar
Ali tão perto…
Enquanto miravas a linha do horizonte
Como quem está prestes a levantar voo…
Momentaneamente
A minha dúvida
Como que esquecida…
Suprimiu-se
Desvaneceu-se
Na vontade de te acompanhar…

Alex M

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

FAINA NAZARENA

Redes no ar…
Vozes à proa
Remos ao mar…
Que a noite ecoa!
Homens vividos!
Rostos cansados!
Braços rendidos!
Rumos traçados!
E horas a fio…
De eterna fé…
Num desafio…
Contra a maré!
De mãos no peito…
Cabeça erguida…
Olhar suspeito…
E amor à vida…
Esperam na areia…
Os negros vultos…
De quem receia…
Novos tumultos!

Alex M

domingo, 13 de novembro de 2011

DEPRIMENTE!

Caos aparente!
Fulgor ausente…
Que se pressente…
Evidentemente!
Tudo é diferente!
Incoerente!
E um povo ciente…
Eminentemente…
Que dificilmente
Quase arduamente…
Ou estupidamente…
Há quem se sustente!
E se alimente…
Neste presente…
Agora existente!
E de repente…
Estou ciente…
Da dor presente…
Do que se sente…
Nos olhos da gente!

Alex M

ESSÊNCIA…

Encontro em ti…
Simples aurora.
O que vivi!
Tempos de outrora.
Lentos sentidos…
Leves sorrisos…
Absorvidos…
Por improvisos.
Revelações…
Num acordar…
Avultações…
De outro lugar.

Alex M

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

VEEMÊNCIA!

São momentos…
Ou lamentos?
Decisões…
E indiscrições!
Companhias…
Ironias…
De amarguras…
Sem rupturas!
Com sentidos…
Indefinidos.
São tramóias…
Paranóias!
Ilusão?
Contradição!
E no fim…
Porque sim!
Tudo igual…
Tão natural…

Alex M

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

FULGOR

Acendo a chama…
Dentro do meu ser…
Que me afaga…
E invade o peito…
Que me procura…
E aquece a alma…
Que invade a luz…
E persegue o brilho…
Que em mim resiste!

Alex M

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

LANGUIDEZ…

Extenso o céu cinzento…
Como que a pedir…
Uma cama quente…
O bocejar da mente…
Querendo dormir.
Uma encruzilhada…
O amanhecer…
De vontade inglória…
Certeza irrisória…
O ter de ceder.
Mas a consciência…
Acorda a coragem…
E faz-me lembrar…
Que há que levantar…
E seguir viagem!

Alex M

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

MAR SEM ONDAS ( = Chico)

Saúdo-te Amigo…
Neste dia, Teu.
Cá estou, Contigo…
E um desejo, meu:
Que sejas forte…
Desde a raiz!
Te abunde a sorte…
E sejas feliz!
Estou do teu lado…
Embora distante.
E lembro o Passado…
De forma constante.
Um intenso abraço…
Como a um irmão.
E em qualquer espaço…
Tens a minha mão!

Alex M
(Judenburg Bahnhof 12/10/11 10h45m)

P.S. – Alles Gute zum Geburtstag, meine lieber Freund….
Viel Glück!

Ao "Chico" Miguel Valada

terça-feira, 11 de outubro de 2011

SABER A MAR

Sinto na alma…
O cheiro a mar…
E nada acalma…
O meu recordar…
Dentro do peito…
O amargo sal…
Feito respeito…
Tão natural…
Ondas sem fim…
Qual maré cheia…
Buscam por mim…
P’los grãos d’areia…

Alex M

DILIGÊNCIA

Avançando lentamente…
Pelo tempo abandonado…
Numa busca inexistente…
De um saber inacabado.
Acompanho o amanhecer…
De uma história indefinida…
Que parece perecer…
Como uma alma perdida.
Afastado de lembranças…
Argumentos, alusões…
Que me devolvam esperanças…
Ou simples explicações.
Ando à deriva de mim…
Da verdade por que auguro…
Perco-me neste confim…
Onde busco o meu futuro!

Alex M

domingo, 10 de julho de 2011

DESPERTAR

Adormeci os sentidos...
Na calma desta manhã...
Vi sonhos indefinidos…
Caminhos ditos perdidos…
Feitos de esperança vã…
Passos dados a preceito…
Por sombras do existir…
Num destino que rejeito…
Escondido no meu peito…
Feito para me iludir…
E andei ao teu redor…
Na vontade de chegar…
A uma força maior…
Escondida no esplendor…
Onde me quero encontrar…
Busquei o saber de ti…
Na ilusão do querer…
Mas não me apercebi…
Que aquilo que perdi…
Não me deixa esquecer…

Alex M

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O DISFORME DO CONFORME…

Porque há quem não se informe…
Ou não queira perceber…
Que uma Língua enorme …
Não se poderá vender…
Aldrabices de Doutores…
Nas palavras inventadas…
Batotices dos Senhores…
Ou extravagâncias erradas…
É um sentido invertido…
De colocação da voz…
Um jogo indefinido…
Onde só pagamos nós…
É o dizer porque sim…
Mais os egos desmedidos…
De quem não prevê o fim…
Destes erros sucedidos!
É um Mundo de ilusões…
Um espírito pouco nobre…
Guerras e contradições…
Que deixa o escrever mais pobre!

Alex M

("MEINE") DREI PRINZESSINNEN...

‎Como um cálice vertendo…
O sangue no teu sentir…
Num arrepio tremendo…
Que te permite existir…
E sentes parte de ti…
Nas lágrimas derramadas…
Num rosto que te sorri…
Ou nas frases partilhadas…
E no peito uma emoção…
Um carinho que flutua…
E pegas em cada mão…
Como se ela fosse tua…

Alex M

sexta-feira, 1 de julho de 2011

QUIMERA

Num compasso…
Abro a porta…
Onde me solto.
Que me espera!
Na procura do sentido…
Onde me envolvo.
Mas que não me entende!
Que se prende…
Em meu redor.
Qual amarra…
Ao pensamento…
De um esboço onde me perco.
Por onde vagueiam sombras do que sou.
Numa qualquer história…
Que ainda não me encontrou.
Passo a passo…
Através do tempo...
Fecho os olhos.
E...
Sento a minha imaginação.
Numa cadeira que há muito deixei de procurar…
Ou nunca me pertenceu…

Alex M

terça-feira, 28 de junho de 2011

DELÍRIO

Olha para mim…
Vislumbra-me!
Guarda em ti todo esse pedaço do meu ser...
Da razão do acordar…
Num distúrbio madrugador.
Recebe de mim…
Do meu sentir!
A vontade de te encontrar!
Que se perde nas asas de uma emoção…
E se crava no meu peito!
Alimentando o meu querer…
Oh imensidão!
Oh estranha essência!
Que se estende ao existir…
Que transborda em mim tamanha ansiedade…
E me prende à tua existência!
No infinito desejo…
Que invade o desalento…

Alex M

segunda-feira, 27 de junho de 2011

SONETO AO IMAGINÁRIO...

____________________________________ ...
____________________________________ .
____________________________________ .
____________________________________ ...

____________________________________ .
____________________________________ ...
____________________________________ ...
____________________________________ .

____________________________________ ...?
____________________________________ ...!
____________________________________ ...

____________________________________ ...?
____________________________________ ...!
____________________________________ ...

Alex M

sábado, 25 de junho de 2011

COISAS QUE SE PERDEM PELO CAMINHO...

Há quanto tempo...
Choravas por outro alguém?
Há quanto tempo o fazias?
Quantas vezes outros fizeram no teu papel, o meu papel?
Enquanto te lamentavas dos momentos conquistados sem a presença física do ser que imaginavas?
Abraçando inconscientemente quem estava erradamente deitado a teu lado.
Quantas mais primeiras vezes sem que nunca igual coisa tivesse acontecido?
Quantos choros?
Quantos lamentos?
Quantas vezes a distância foi murmurada?
Quantas vezes condenaste o facto de não poderes abandonar ser quem eras?
Ou a vida que levavas?
Qual era o plano?
Um dia...
Tal como planeado!
Tal como escrito por entre lágrimas de pranto e sufocos a meio da noite nas insónias de ansiedade...
Haverias de conseguir!
Fui eu!
Sou eu!
Ou o que resta de mim...

Alex M

JUÍZO DE VALOR

Não tentes…
Escuta a tua consciência…
Que te diz:
Cala-te!
E no entanto…
Ouves, e ouves, e ouves, e ouves!
Ouves tudo…
De tudo!
Qual metralhadora.
Em todas as direcções!
Vale tudo…
Por mais que nada faças…
Que nada digas…
Ouves!
Cada vez mais!
E de repente…
És um monstro!
Faças o que fizeres…
E o que não fizeres!
Tudo serve para te atingir!
E no entanto…
Há palavras…
Que nem em sonhos esperavas ouvir…
Ou sequer ler!
Mas não interessa!
Há que continuar…
Não bastam algumas…
Tens de ouvir todas!
E o teu silêncio…
Parece mais forte que as tuas palavras!
Mais enraivecedor!
Não vales nada!
És degradante!
Fazes tantas e tantas coisas…
Que acabas por nem saber quais são!
Mas fazes!
És um verme!
Calado…
Mas um verme!
Mas tenho a certeza de que a tua culpa…
Ainda não acabou!
Afinal de contas…
O dia ainda mal começou…
Talvez um dia!
Sim…
Talvez um dia…
Tu consigas acertar…
E fazer algo que pareça…
Que pelo menos pareça!
Uma atitude acertada!
Talvez…

Alex M

sexta-feira, 24 de junho de 2011

SINFONIA MATINAL

A madrugada…
Estende-se à vista…
Cantam os pássaros…
Nova conquista…
Vai-se o orvalho…
Vestem-se as flores…
Árvores dançam…
Por entre as cores…
São os aromas…
Do amanhecer…
Imensas formas…
De um renascer…
E despem-se nuvens…
Encanta-se o vento…
Cobrem-se campos…
Deste alimento…
Ao sol que brilha…
Estendem-se os braços…
E em sintonia…
Quentes abraços…
E num segundo…
Se encontra a esperança…
E…
O sorrir é meia vida!
No olhar de uma criança…

Alex M

POR MIM ADENTRO

Sempre me senti diferente... Sempre acreditei! Assim sendo…
Senti que este Mundo… Que tanto, tanto, TANTO!!!!
Desejei ardentemente que fosse... Não era Meu!
Poderia ser…Poderá ser… Mas…
Acho que me fui enganando no chão que pisava...
Tentando ser o que não podia… Oferecendo as vontades…!
E no entanto… Faltou sempre qualquer coisa! Talvez de mim…
Não sei…!
O Meu Mundo… Não era o mesmo!
Eu era um estranho no meio de algo... Porque a minha visão das coisas, é… E sempre foi… Diferente!
Por cada palavra que dizia… Ouvia!
Por vezes exageradamente!
Como se essa voz guiasse um rio na sua marcha incessante!
Que corre sem que nada o faça parar… Atravessando o que quer que seja! E me levasse consigo na sua ondulação furtiva…
Como se eu nada fosse!
E calei-me... Cansei-me…
Senti-me um ser erróneo e incompreendido... Uma alma que flutuava...
Não sendo… Nem tendo necessariamente que o ser!
Isolado! Fechado! Numa mão que se mantém sempre aberta...
Esticada! E assim continua… Mas em segredo.
As portas que se me fecham... Só eu as abro sozinho... Mas faltam-me as forças! E no entanto…
A culpa… Também não deixa de me pertencer… Nem morre abandonada por mim! Sem dúvida!
E no meio de tanta história... Isto… É o que vai continuar a ser o filme da minha vida.!
Um Amor... Perdido no meio de nenhures… Mas que pode ser apenas… Depender apenas…
De um sorriso que é meia vida!
Meu…?
Quem sabe…?

Alex M

MENÇÃO HONROSA Categoria C - Prosa
http://zambezianachuabo.blogspot.com/

P.S. - Aqui deixo o meu agradecimento tanto pela iniciativa como por esta atribuição.
Até uma próxima!

domingo, 29 de maio de 2011

DESAFOGO

Apetece-me gritar!
Soltar a sombra de mim...
Invocar os sonhos que perdi.
Ah!!!!
Rasgar da pele a carne que já não sangra!
Perder-me no fundo da alma...
Entre os calores do fim da mente!
Desencontrar-me do meu sentido...
Nos pedaços do meu existir.
Para dos meus ossos desenterrar...
O esquecer-me de me encontrar!

Alex M
Ninguém é diferente de ninguém, somos todos imitações de alguém que quebrou a monotonia de ser igual aos outros.

Alex M

SENSIBILIDADE

Amo-te...
E...
Perco-te...
E...
Amo-te...
Para de novo me perder...
No amar-te...
Perdidamente...

Alex M

quarta-feira, 20 de abril de 2011

ANJO DA DOCE DESPEDIDA

Digo-te adeus…
Como se balas me penetrassem
Por todo o corpo…
Como se o sangue
Que me invade
Se transformasse na espada
Que me trespassa a garganta…
Abandono-me de Ti…
Perco-me na alma
Que me enfraquece o corpo…
Ando à deriva
De uma mente
Que nunca me pertenceu…
Afugento de mim
Os pássaros
Que na madrugada da tua existência
Trouxeram até mim
A leveza de te sentir…
Desvaneço-me por entre lutas
Que guerras de outrora
Não souberam pacificar…
E chove lá fora…
Mas como pode chover lá fora
Se é dos meus olhos
Que vem toda esta corrente!
Digo-te adeus…
Abandono-me de Ti…
Afugento de mim os pássaros…

Alex M

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A MENTIRA

Sorrateiramente...
Vai pé ante pé...
Como se fosse a gente...
Que a gente não é...
Vai de porta em porta...
Feita uma mensagem...
Sem qualquer comporta...
Que impeça a viagem...
Vem de qualquer lado...
Vai para onde quer...
Passo acelerado...
Chega a quem quiser...
Ou de boca em boca...
Até mais além...
Faz-se orelha mouca...
Só quando convém...
Desbrava caminho...
De qualquer maneira...
Bem devagarinho...
Por entre a poeira...
No fio da navalha...
E na sua ilusão...
À verdade em falha...
Se chama razão!

Alex M

quinta-feira, 31 de março de 2011

ACORDO CONTAMINADO, (DES)ACORDADO E REJEITADO!

Estou cansado…
Do português maltratado!
Deste Acordo Ortografado…
Ou Aborto Avariado…
Como mais um triste fado...
De um Camões abandonado...
Um Cesário desfasado...
Num Pessoa arrepiado...
Ou um Eça desalmado!
E sentado…
Sinto-me angustiado…
Com tanto escrever errado…
Num país com tal passado.
É mau-olhado!
Só assim justificado…
Este Estado avariado…
E a Cultura noutro lado...
Com sentido inanimado!
E fico desconsolado…
Consoantes sem cuidado?
Nada é mudo. Mas mudado!
Sem que haja resultado…
Ou algo justificado.
Contrariado…
Não aceito! E revoltado…
Grito ao mundo, abalado…
Que para mim está apagado…
O escrever contaminado…
Sem qualquer significado.
E eu não serei apanhado…
Neste assombroso pecado!

Alex M

quinta-feira, 24 de março de 2011

CORRENTE D'ALMA

Sou como o vento que passa...
Em corrida ou passo lento...
A quem a chuva ameaça...
Qualquer arrependimento...!

Alex M

domingo, 20 de março de 2011

VELEIDADE

Se a alma se refugia…
Num lamento abafado…
Que te faz da noite, dia…
E da palavra um fado…
Se num lento sentido…
Em qualquer direcção…
Um caminho perdido…
Chama a tua atenção…
Como a gota de água
Que desce pelo céu…
Ou a ponta de mágoa…
Descoberta de um véu…
Tens que te aperceber…
Dentro do consciente…
Se deves percorrer…
A vontade existente…

Alex M

TROVAS DO MEU SENTIR…

Escuto a Saudade…
Que me contagia…
E chamo a vontade…
Da minha Leiria…
Por entre caminhos…
Onde me encontrei…
E bebi de vinhos…
Que não esquecerei…
Dos sonhos vividos…
De notas nascidas...
Em cantos perdidos…
Nas cordas sentidas…
Da vida, uma etapa…
Vestida de gala…
Guardada na capa…
Que ainda me embala…!

Alex M

terça-feira, 8 de março de 2011

MULHER, MINHA MÃE...

Sente-me renascer de Ti…
No mundo que me ofereceste…
E ao qual sempre pertenci…
Desde que tu me acolheste…
Prende-me no teu regaço…
Por entre carinhos teus…
Nesse teu eterno abraço…
Que se rende aos olhos meus…
Na vida das tuas mãos…
Eu cresci e me encontrei…
E nos teus caminhos sãos…
Neste homem me tornei…
E se de ti sou o espelho…
Da tua voz sou a vida…
Que ouve cada conselho…
Com vontade renascida…
Mãe, mulher…
Força, vontade…
Razão, sentido e poema…
Querer da sensibilidade…
Em tudo que seja um lema!

Alex M

Neste dia, aproveito para homenagear uma Mulher com “M” maiúsculo…
A minha MÃE!
Um beijo do tamanho da tua alma...


A todas as restantes mulheres deste Mundo...
E neste dia...
Que seja simplesmente especial e repleto de ternura.
Feliz dia das Mulheres!

segunda-feira, 7 de março de 2011

AURORAS

Vagas transparentes…
Na manhã submersa…
Luzes descendentes…
De clareza inversa…
Sábias conselheiras…
De almas luzidias…
Brindam soalheiras…
Ao romper dos dias…
Dispersam vontades…
Relatam momentos…
Invadem saudades…
Recolhem lamentos…

Alex M

domingo, 6 de março de 2011

REINAR

Ecoam os sinos…
Dos passos ligeiros…
Fugazes destinos…
De ares passageiros…
Das voltas sentidas…
Nas horas passadas…
Que foram cedidas…
Noutras madrugadas…
Se embalam certezas…
Do algo escondido…
Nas garras ilesas…
De um tempo perdido…
E alimentam ecos…
Com vozes tremidas…
Como se os bonecos…
Não tivessem vidas…

Alex M

sábado, 5 de março de 2011

INEXISTÊNCIA

E eis que me acena
Um adeus definido…
Como qualquer pena…
Que invade o sentido…
Na luz da escuridão…
Sento-me, cansado…
Busco a orientação…
Perdida no estado…
Se sobra o pensar…
O que já nada diz…
Só vou lamentar…
O que não desfiz…
Se resposta tenha…
Que seja evidente…
A chama que venha…
Define o ausente…

Alex M

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

(E)NAMORADOS

O teu olhar…
Onde me aqueço…
Faz-me sonhar…
Onde amanheço…
Tem o brilhar…
Onde alimento…
Qualquer lugar…
Do pensamento…
No teu sorrir …
Tenho um abrigo…
Que faz sentir…
Que estás comigo…
Os lábios teus…
Qual fantasia…
Juntos nos meus…
São melodia…
E os teus braços…
Onde me deito…
São mais pedaços…
Desse teu jeito…
E não há dia…
Não há momento…
Sem alegria…
Ou sentimento…
Se hoje te beijo…
Com tanto ardor…
Muito é desejo…
Mas mais, Amor!

Alex M

domingo, 13 de fevereiro de 2011

(Des)ACORDO Ad literam…

Recordo antepassados…
Para além da Taprobana…
E os mares navegados…
Com a alma Lusitana…
As conquistas de um povo…
Ávido de uma aventura…
Por um qualquer Mundo Novo…
Enfrentando a amargura…
Um sentir de Portugal…
Numa coragem imensa…
De um querer surreal…
Que marcou a diferença…
E ler qualquer manuscrito…
Desta Língua conquistada…
É como ouvir um grito…
De cada luta travada…
E hoje surgem gaviões…
Com as garras de veludo...
Bem vestidos charlatões…
Com ambíguo conteúdo!
E as palavras escondidas…
Pelas letras apagadas…
São as memórias perdidas…
Das histórias relatadas!

Alex M

sábado, 12 de fevereiro de 2011

SIGILO

Em silêncio me rendo…
Na busca de mim…
E nada dizendo…
Lamento este fim…
Não ouço, nem falo…
Nem quero sentir…
Um qualquer abalo…
Que possa surgir…
E só no meu canto…
No que não procuro…
Escondo o meu pranto…
Num lugar seguro…
E o tempo que passa…
E que por mim espera…
Acha que é desgraça…
Ou qualquer quimera…
Mas calo na voz…
Da qual me alimento…
Momentos a sós…
Com o pensamento…

Alex M

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

NADA…

Buscando um sentido…
Por entre o papel…
Já meio perdido…
Haja dor ou fel…
E já nada escrevo…
No tempo que avança…
Que tenha relevo…
Ou qualquer esperança…
E ao ver as linhas…
Tipo um horizonte…
Procuro as minhas…
Sem ter uma fonte…
E só gasto tinta…
Sem nada pensar…
Em tudo que sinta…
Ou possa alinhar…

Alex M

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

EMOÇÃO…

Os dias passados…
Contigo por perto…
São sonhos, sonhados…
Onde me liberto…
Nos teus olhos perdido…
Por dentro de mim…
Um desejo escondido…
Sem que exista fim…
Em tudo me encanta…
O teu existir…
E a alma agiganta…
Só por te sentir…
Um querer viver…
Num desejo imenso…
Só de te envolver…
Em tudo que penso…
Está no teu sorriso…
A minha existência…
Feita paraíso…
Ou resplandecência…

Alex M

RUMOS

Caminhos trilhados…
Vidas que regozijam…
Pelos passos dados…
Sem que estes se exijam…
Determinam estradas…
Do que se procura…
Em buscas criadas…
Na vontade pura…
Feito um ideal…
Onde há sentidos…
É fundamental…
Aos indefinidos...
Rumo permitido…
Ou intermitente…
Desejo contido…
No inconsciente…

Alex M

INSOLÊNCIAS

Desenganos alinhados…
Solidões desamparadas…
Em olhares desperdiçados…
De ilusões inanimadas…
Afirmações decadentes…
Imagens indefinidas…
Buscam seres insolentes…
Onde apagam as saídas…
Controversos elementos…
Rasgadas alegorias…
Na ausência de lamentos…
De inerentes fantasias…
Rebuscados apanágios…
Conscientes divisões…
Afundam como naufrágios…
As perdidas soluções…

Alex M

DESLOCAÇÃO

Sem razão…
Invado o pensamento…
Estendo a mão…
Perdida em desalento…
Estou ausente…
Viajo outros lugares…
Noutra mente…
Cativa de outros ares…

ALEX M

domingo, 30 de janeiro de 2011

(DIS)SOLUÇÃO...!?

Um dia…
Abro a minha mão…
Entrego a liberdade…
Que nunca perdeste…
Em sintonia…
Sem haver razão…
Por qualquer verdade…
Que nem percebeste…
Diria…
Não basta emoção…
Ou sentir vontade…
Quando o esqueceste…
Por magia…
Finda a solução…
Vai-se a validade…
Que nunca entendeste…
Com ironia...
Sem complicação...
Nem chamo saudade...
Ao que prometeste...!

Alex M

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

TRAGO DE UM GRANDE AMOR...

Mata-me a sede…
Com a alma do teu sorriso…
E afasta-me da rede…
Que me prende ao indeciso!
As tuas lágrimas,
Qual trago do que não quero…
Nelas bebo consciente…
Aquilo em que desespero…
Na vontade descontente!
Liberta de mim a dor…
Agarra na minha mão…
Fala-me do nosso Amor…
E da palavra, emoção!
Tira de mim a vontade…
Encosta-te no meu peito…
Somos nós a Liberdade…
Embora do nosso jeito!
Afasta-me o pensamento…
Tira de mim a loucura…
Enche-me do alimento…
A que chamamos, ternura…
E já só quero beber…
Do sonho do teu olhar…
E outra sede esquecer…
Para te poder amar…
És a garrafa da Vida…
Onde bebo alegremente…
Em Ti, encontro a saída…
E em Nós…
O Eternamente…!

Alex M

P.S.- Aos primos...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

DESVIOS

Ler os olhos do Mundo…
E tentar perceber…
Se estás moribundo…
Ou te andas a perder…
Num sorriso escondido…
Conseguir decifrar…
O que estará perdido…
Para poder meditar…
Encontrar um lugar…
Onde possas sentir…
Que podes encontrar…
O que anda a fugir…
E por fim, perceber…
Que nas voltas que dás…
Só interessa saber…
Que não se volta atrás…

Alex M

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

TEMPO

Parado no Mundo…
Por mim, inventado…
A cada segundo…
Descubro outro lado…
Nas horas perdidas…
Do tempo escondido…
Encontro as saídas…
Do Indefinido…
E as voltas que dou…
Para me encontrar…
Não sabem quem sou…
Nem onde vou estar…

Alex M

AGUARELA DE TI…

Pintei-te o sorriso…
Com Raios de Luz…
Tons do Paraíso…
Que em Ti me seduz…
Juntei ao olhar…
A tua leveza…
Para aprofundar…
Tamanha beleza…
Junto do teu peito…
Plantei uma Rosa…
Na qual me deleito…
Por ser tão formosa…
Mas não colori…
Todos os espaços…
Pois quando te vi…
Caí nos teus braços…!

Alex M

MEMÓRIAS

Gritam-te histórias...
De um interior...
Com longas memórias...
De uma outra dor...
Passos de outrora...
Num caos permanente...
Que não vão embora...
Por mais que se tente...!

Alex M

domingo, 2 de janeiro de 2011

PALAVRAS A MIM... (Por quem procura conhecer-me... Um dia a seguir a outro...)

I

Desta vez…
Não bebi!
Desta vez…
Não fugi!
Desta vez…
Não há mais medos!
Desta vez…
Não há mais não!
Desta vez…
Não há segredos!
Desta vez…
Não há mais erros!
Desta vez…
Não há tristezas!
Desta vez…
Só há paixão!
Desta vez…
O desejo é maior!
Desta vez…
Quero fazer-te Feliz!

II

Falas que a tua vida…
É um livro aberto!
A minha vida…
Sempre foi…
Um livro romântico!
Duas vidas…
Dois livros!
Cada livro…
Uma pergunta…
Um porquê…
Uma solução…
Uma resposta!
Em cada resposta…
TU!
Os teus poemas…
Um mar de rosas…
Perfumando o meu dia!
A minha vida…
O meu livro…
Desfolhado a cada página!
Abrindo uma porta…
Para me beijares!
Matando-me de desejo…
Entregando uma música!
Cada canto…
Uma poesia!
Cada poesia…
TU!
Em toda esta paixão…
Uma loucura!
Em cada loucura…
Dois Mundos!
Dois sorrisos de alegria!
Em cada alegria…
Uma eterna felicidade…
Uma satisfação…
Um prazer!
Sempre…
TU!
É tão bom…
Puder ler teu Livro!
Para saber…
Que és especial…
E…
Sentir-me especial contigo!
O Teu Livro é o Meu Livro!
Tal como…
O Meu…

III

Não sei que dizer…
Não sei como explicar…
Mas é lindo o que escreves…
Sei que não é em vão!
Tudo o que descreves…
As tuas palavras...
Tem dor…
Tudo tem um significado!
Tudo faz sentido!
Como tu, meu amor…
Fazes sentido na minha vida!
Obrigado por seres…
Assim para mim!
Obrigada pelas palavras…
Obrigada pelo teu carinho…
Paixão e desejos!
Obrigado, Alex M…
Por me fazeres…
Feliz!

Somente tua...

Fátima "M"