sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ALÉM

Perco tempo
Neste tempo que não tenho…
Dentro do espaço
Quase perdido
Em que me embrenho…
E passo a passo
Neste caminho
Indefinido
Que feito em mim
Em vão reduzo
Ou busco um fim…
No naufragar
Do meu cansaço
Amargo e duro
Busco a cadência
Ou vã demência
Do meu futuro…
Nesta ilusão
Qual resistência
Claro e confuso
Quero a razão
Da sensação
Quem em mim difuso…
Se busco a paz
Que me alivia
O recordar
O amanhã
É outro dia
E vai chegar…

Alex M

ÓNUS

Penoso crepúsculo…
Que tal como a alma,
Destila…
Como que elevando abundantemente
A inquietação
Que transforma a calma…
Apenas mais um dia,
Mais umas horas que passam…
No lento emaranhar de ideias
Que contagiam
Este sol escondido…
Que nasce
De uma índole
Que se mantém presa
Ao ventre da ilusão…

Alex M

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

UM DIA A SEGUIR AO OUTRO

Passa o tempo...
Vagarosamente...
Como uma lâmina que se perde no pescoço!
Lentamente…
Angustiante…
O momento que não chega!
O desejo…
Escondido…
Que se transforma!
E caminhas…
Como um louco…
Caminhas em direcção ao que desconheces!
Perdes-te em Ti…
Nos teus sonhos…
Nos teus desejos…
Mas anseias alcançar as horas que te restam!
Ergues-te…
Segues em frente…
Já nada te pode parar!
Estás mais forte…
Mais confiante!
O Mundo…
O amanhã…
Cabe, sem dúvida nenhuma…
Na palma da tua mão!
E tu sabes…
Tens absoluta certeza…
Que o vais conseguir alcançar!

Alex M

MATAR O TEMPO

Procuro o momento
Dos caminhos percorridos 
Quais sonhos indefinidos
Ou rebuscado lamento…
Será que faz sentido
Um mundo descontrolado
Uma angústia feita fado
De um passado esquecido…
E então, porque espero
Pelo fim deste flagelo
Que me leve o pesadelo
E mo devolva sincero…
Sem qualquer espanto
O que me toca no fundo
E me liga a este mundo
É existir este encanto…
Quando te vejo
Pese embora a fadiga
Ainda borbulha a barriga
Num incontrolado desejo…
Sem saber para onde vou
Quero voltar a ser eu
Quem sabe um sorriso teu
Me volte a dizer quem sou…

Alex M