terça-feira, 28 de junho de 2011

DELÍRIO

Olha para mim…
Vislumbra-me!
Guarda em ti todo esse pedaço do meu ser...
Da razão do acordar…
Num distúrbio madrugador.
Recebe de mim…
Do meu sentir!
A vontade de te encontrar!
Que se perde nas asas de uma emoção…
E se crava no meu peito!
Alimentando o meu querer…
Oh imensidão!
Oh estranha essência!
Que se estende ao existir…
Que transborda em mim tamanha ansiedade…
E me prende à tua existência!
No infinito desejo…
Que invade o desalento…

Alex M

segunda-feira, 27 de junho de 2011

SONETO AO IMAGINÁRIO...

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Alex M

sábado, 25 de junho de 2011

COISAS QUE SE PERDEM PELO CAMINHO...

Há quanto tempo...
Choravas por outro alguém?
Há quanto tempo o fazias?
Quantas vezes outros fizeram no teu papel, o meu papel?
Enquanto te lamentavas dos momentos conquistados sem a presença física do ser que imaginavas?
Abraçando inconscientemente quem estava erradamente deitado a teu lado.
Quantas mais primeiras vezes sem que nunca igual coisa tivesse acontecido?
Quantos choros?
Quantos lamentos?
Quantas vezes a distância foi murmurada?
Quantas vezes condenaste o facto de não poderes abandonar ser quem eras?
Ou a vida que levavas?
Qual era o plano?
Um dia...
Tal como planeado!
Tal como escrito por entre lágrimas de pranto e sufocos a meio da noite nas insónias de ansiedade...
Haverias de conseguir!
Fui eu!
Sou eu!
Ou o que resta de mim...

Alex M

JUÍZO DE VALOR

Não tentes…
Escuta a tua consciência…
Que te diz:
Cala-te!
E no entanto…
Ouves, e ouves, e ouves, e ouves!
Ouves tudo…
De tudo!
Qual metralhadora.
Em todas as direcções!
Vale tudo…
Por mais que nada faças…
Que nada digas…
Ouves!
Cada vez mais!
E de repente…
És um monstro!
Faças o que fizeres…
E o que não fizeres!
Tudo serve para te atingir!
E no entanto…
Há palavras…
Que nem em sonhos esperavas ouvir…
Ou sequer ler!
Mas não interessa!
Há que continuar…
Não bastam algumas…
Tens de ouvir todas!
E o teu silêncio…
Parece mais forte que as tuas palavras!
Mais enraivecedor!
Não vales nada!
És degradante!
Fazes tantas e tantas coisas…
Que acabas por nem saber quais são!
Mas fazes!
És um verme!
Calado…
Mas um verme!
Mas tenho a certeza de que a tua culpa…
Ainda não acabou!
Afinal de contas…
O dia ainda mal começou…
Talvez um dia!
Sim…
Talvez um dia…
Tu consigas acertar…
E fazer algo que pareça…
Que pelo menos pareça!
Uma atitude acertada!
Talvez…

Alex M

sexta-feira, 24 de junho de 2011

SINFONIA MATINAL

A madrugada…
Estende-se à vista…
Cantam os pássaros…
Nova conquista…
Vai-se o orvalho…
Vestem-se as flores…
Árvores dançam…
Por entre as cores…
São os aromas…
Do amanhecer…
Imensas formas…
De um renascer…
E despem-se nuvens…
Encanta-se o vento…
Cobrem-se campos…
Deste alimento…
Ao sol que brilha…
Estendem-se os braços…
E em sintonia…
Quentes abraços…
E num segundo…
Se encontra a esperança…
E…
O sorrir é meia vida!
No olhar de uma criança…

Alex M

POR MIM ADENTRO

Sempre me senti diferente... Sempre acreditei! Assim sendo…
Senti que este Mundo… Que tanto, tanto, TANTO!!!!
Desejei ardentemente que fosse... Não era Meu!
Poderia ser…Poderá ser… Mas…
Acho que me fui enganando no chão que pisava...
Tentando ser o que não podia… Oferecendo as vontades…!
E no entanto… Faltou sempre qualquer coisa! Talvez de mim…
Não sei…!
O Meu Mundo… Não era o mesmo!
Eu era um estranho no meio de algo... Porque a minha visão das coisas, é… E sempre foi… Diferente!
Por cada palavra que dizia… Ouvia!
Por vezes exageradamente!
Como se essa voz guiasse um rio na sua marcha incessante!
Que corre sem que nada o faça parar… Atravessando o que quer que seja! E me levasse consigo na sua ondulação furtiva…
Como se eu nada fosse!
E calei-me... Cansei-me…
Senti-me um ser erróneo e incompreendido... Uma alma que flutuava...
Não sendo… Nem tendo necessariamente que o ser!
Isolado! Fechado! Numa mão que se mantém sempre aberta...
Esticada! E assim continua… Mas em segredo.
As portas que se me fecham... Só eu as abro sozinho... Mas faltam-me as forças! E no entanto…
A culpa… Também não deixa de me pertencer… Nem morre abandonada por mim! Sem dúvida!
E no meio de tanta história... Isto… É o que vai continuar a ser o filme da minha vida.!
Um Amor... Perdido no meio de nenhures… Mas que pode ser apenas… Depender apenas…
De um sorriso que é meia vida!
Meu…?
Quem sabe…?

Alex M

MENÇÃO HONROSA Categoria C - Prosa
http://zambezianachuabo.blogspot.com/

P.S. - Aqui deixo o meu agradecimento tanto pela iniciativa como por esta atribuição.
Até uma próxima!