domingo, 21 de fevereiro de 2010

DESILUSÃO

E engano parte de mim...
Por negar tantas vontades!
E sofro com este fim,
Apenas para ter saudades!
E nas palavras que digo...
Não encontro a razão!
Será que já não consigo
Encontrar a solução?
E no entanto a resposta...
É por demais evidente!
Como uma ferida exposta,
Marcada com ferro quente!
E arrependo-me afinal...
Por dizer o que não quero!
E no entanto o meu mal,
É não saber o que espero!
E lanças farpas e garras...
Que atingem como lição!
E prendo-me nas amarras,
De não te dar atenção!
E como um louco me sinto...
Por não saber o porquê!
Deste enorme labirinto,
Que lá ao longe se vê!
E morrendo passo a passo..
Vou caindo pelo chão!
Perdendo-me neste espaço,
Da minha contradição!
E de um olhar destroçado..
Ganho na alma loucura!
E embalo-me neste fado,
A que chamo amargura!
E se me sinto abatido...
E me rendo sem lutar!
É por me sentir perdido,
Em vez de te agarrar!

Alex M

ATÉ SEMPRE...

A chuva que vai caindo...
São lágrimas deste peito...
Que em mim vão definindo
O final de algo perfeito!
Gotas de sal que larguei...
Em suspiros de loucura...
Da dor a que me entreguei...
Por afastar a ternura!
E abandono o coração...
Largo dele as emoções...
Guardo em mim a razão...
Para tais contradições!
Se me despeço do querer...
Reencontro o que perdi...
Por mais que faça sofrer...
Eu me despeço de Ti!
E de outrora...
Os momentos...
Partilhados com carinho...
Dão lugar a sentimentos...
Que vou deixar...
P'lo caminho!
E rasgo de mim...
A dor...
Que contigo partilhei...
Guardo palavras de amor...
De um desejo que sonhei!
E finalizo na mente...
Um sonho que era perfeito...
E embora eu me lamente...
Vou recordar o teu jeito!
Do adeus...
Se faz tristeza...
Do querer...
A ilusão...
Da loucura...
Uma certeza...
Do abandono...
A razão!
Deixo a promessa no ar...
De nunca o esconder...
És tu a palavra Amar...
Tu foste o amanhecer!
Levarei sempre comigo...
O teu imenso valor...
Pois Tu foste...
O eterno abrigo...
Que foi chamado...
De Amor!!!

Alex M

VIDA...

Mergulho no teu olhar...
Navego o teu sorrir...
P’ra nos teus lábios dançar...
Nas tuas mãos me sentir!
E no teu ser me transformo...
Renasço do teu querer...
No teu leito me conformo...
Do teu corpo sou prazer!
Na tua vida me sinto...
Do teu jeito me ilumino...
No respirar me pressinto...
Do teu viver me imagino!
Se nos teu braços me rendo...
De Ti me faço calor...
E todo eu me transcendo...
Quando me falas de AMOR...

Alex M

sábado, 20 de fevereiro de 2010

METAMORFOSES

Ando nas sombras escondido…
Para que ninguém me veja…
Mais pareço um bandido!
Ou algo que assim seja!
E da alma, soltas gritos!
Palavras e sentimentos!
E afastas os conflitos…
Ao revirar pensamentos!
Pareço fora de mim!
Já não sou o mesmo ser!
Mas porque fujo eu assim?
O que tenho de esconder?
Até quando a ilusão…
Que alimenta o meu querer…
Vai superar a razão…
De ter que me esconder!
E engulo o que me fiz!
O homem que me criei!
E vou torcendo o nariz…
Ao amor que encontrei!
Se a fuga for o caminho…
Sendo de outros a razão!
Eu continuo sozinho…
E mantenho a solidão…

Alex M

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

UM DIA...

Um dia eu pego em ti…
E te prendo com um beijo…
Um dia estarás aqui…
Para saciar o desejo!
E se num dia te sinto…
E se num dia te quero…
Em nenhum deles te minto…
E é por esses que espero!
Um dia Tu serás minha…
E um dia eu serei teu…
E enquanto tal se encaminha…
Tu és a nuvem no céu!
E se num dia te amo…
E se no outro te adoro…
Há outros em que reclamo…
Por haver uns em que choro!
E se num dia em geral…
Tu fores parte de mim!
Resta o pecado final!
Que jamais terá um fim!

Alex M

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

CARÊNCIAS

Dou por mim contigo,
Mesmo nesta ausência,
Só assim consigo,
Não sentir carência!
Nas palavras que se vão…
Ou carinhos se trocam…
Vai-se embora a solidão!
Destas almas que se tocam!
E em qualquer momento…
Em que penso em ti!
Jamais o lamento…
Sei que estás aqui!
E do sonho…
A luz…
Nos percorre a alma!
De algo que seduz…
De algo que me acalma!
E no meu sentir…
Vejo a tua voz!
Que me faz sorrir…
Ao pensar em nós!
E da tua mão…
Recebo um carinho…
Mesmo em solidão…
Nunca estou sozinho!
Do céu vejo o brilho…
Os raios de sol…
E tal como um trilho…
És o meu farol!
E quando me deito…
Se não estás comigo…
Sinto no meu peito,
Que és o meu abrigo!!

Alex M

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

MEMÓRIAS DE OUTRA LISBOA

Há dias que penso em ti…
Guardo na minha memória,
Pedaços da nossa história,
Que ainda não perdi!
E guardo dentro de mim…
Um sorriso de esperança,
No teu olhar de criança,
Que jurava não ter fim!
E se esse mundo parou…
A vida segue o seu rumo,
Por entre nuvens de fumo,
Que o tempo apagou!
Recordações sem tristeza…
De alegrias e beijos,
De palavras e desejos,
De uma eterna princesa!
E se não sei esquecer…
Também não vou encontrar,
Vontade de perdoar,
O que não soube perder!
E te desejo no fundo…
A eterna alegria,
Uma vida de magia,
Nesse teu imenso mundo!

Alex M

SEGREDOS

E andamos soltos na vida
Em busca de compreensão…
E uma alma dividida
Ainda nos chama à atenção…
Há palavras que se trocam
E conversamos sem medos…
Muitos assuntos se tocam
E confessamos segredos…
Surge a dúvida no ar
E sentimos que é real…
Que até se pode encontrar
Alguém tão emocional…
Momentos soltos no dia
Frases e opiniões…
O riso toca a magia
E abalam-se emoções…
Se tudo fosse diferente
Com a alma solta de nós…
E a tua mão de repente
Tocasse na minha voz…
Se ao mundo se permitisse
Uma pausa no sentir…
E um de nós se sentisse
Capaz de não refletir…
E olhos nos olhos...
A alma!
Pudesse acompanhar…
Uma ilusão tão calma
Que se pudesse tocar…
E se a ilusão do hoje
Pudesse ser amanhã…
Sendo algo que não foge
Ou uma esperança vã…
E de ti fazia cama
De mim te dava o lençol…
Para de nós fazer chama
E o nosso brilho ser sol…
Se no gostar se agarrasse
E sentisse a companhia…
Talvez não mais se largasse
A ilusão desse um dia…

Alex M

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

DESCULPAS

Entre palavras trocadas
Com sorrisos carinhosos
Entre explicações falhadas
De seres pecaminosos
As desculpas aparecem
Muitas são elas, decerto
Seja um computador
Ou um marido por perto
Clubes a jogar em casa
Ou alguém que aparece
Um amigo ou empregada
É algo que não se esquece
Também surgem as doenças
Ou as filhotas na sala
Deste lado, são só crenças
De alguém que não se cala
A cada dia que passa
Já nem sei o que dizer
Que desculpa há-de vir
O que vai acontecer?
Qual será a deste dia
O que vais hoje dizer
Será que estas com sarampo
Ou está alguém para morrer?

Alex M

DEVANEIOS

De que servem as palavras
Sem um sorriso empenhado…
De que nos serve o olhar
Sem o brilho esperado…
Há alturas e momentos
Enredos e emoções…
Loucuras e não lamentos
Ou falsas opiniões…
Percorrendo, lado a lado
A escada de um outro dia…
Encontram-se divididas
A razão e a sintonia…
Pensares de um amanhã
Com soluções do passado…
Sementes de entristecer
Que limitam outro estado!

Alex M