quinta-feira, 31 de março de 2011

ACORDO CONTAMINADO, (DES)ACORDADO E REJEITADO!

Estou cansado…
Do português maltratado!
Deste Acordo Ortografado…
Ou Aborto Avariado…
Como mais um triste fado...
De um Camões abandonado...
Um Cesário desfasado...
Num Pessoa arrepiado...
Ou um Eça desalmado!
E sentado…
Sinto-me angustiado…
Com tanto escrever errado…
Num país com tal passado.
É mau-olhado!
Só assim justificado…
Este Estado avariado…
E a Cultura noutro lado...
Com sentido inanimado!
E fico desconsolado…
Consoantes sem cuidado?
Nada é mudo. Mas mudado!
Sem que haja resultado…
Ou algo justificado.
Contrariado…
Não aceito! E revoltado…
Grito ao mundo, abalado…
Que para mim está apagado…
O escrever contaminado…
Sem qualquer significado.
E eu não serei apanhado…
Neste assombroso pecado!

Alex M

quinta-feira, 24 de março de 2011

CORRENTE D'ALMA

Sou como o vento que passa...
Em corrida ou passo lento...
A quem a chuva ameaça...
Qualquer arrependimento...!

Alex M

domingo, 20 de março de 2011

VELEIDADE

Se a alma se refugia…
Num lamento abafado…
Que te faz da noite, dia…
E da palavra um fado…
Se num lento sentido…
Em qualquer direcção…
Um caminho perdido…
Chama a tua atenção…
Como a gota de água
Que desce pelo céu…
Ou a ponta de mágoa…
Descoberta de um véu…
Tens que te aperceber…
Dentro do consciente…
Se deves percorrer…
A vontade existente…

Alex M

TROVAS DO MEU SENTIR…

Escuto a Saudade…
Que me contagia…
E chamo a vontade…
Da minha Leiria…
Por entre caminhos…
Onde me encontrei…
E bebi de vinhos…
Que não esquecerei…
Dos sonhos vividos…
De notas nascidas...
Em cantos perdidos…
Nas cordas sentidas…
Da vida, uma etapa…
Vestida de gala…
Guardada na capa…
Que ainda me embala…!

Alex M

terça-feira, 8 de março de 2011

MULHER, MINHA MÃE...

Sente-me renascer de Ti…
No mundo que me ofereceste…
E ao qual sempre pertenci…
Desde que tu me acolheste…
Prende-me no teu regaço…
Por entre carinhos teus…
Nesse teu eterno abraço…
Que se rende aos olhos meus…
Na vida das tuas mãos…
Eu cresci e me encontrei…
E nos teus caminhos sãos…
Neste homem me tornei…
E se de ti sou o espelho…
Da tua voz sou a vida…
Que ouve cada conselho…
Com vontade renascida…
Mãe, mulher…
Força, vontade…
Razão, sentido e poema…
Querer da sensibilidade…
Em tudo que seja um lema!

Alex M

Neste dia, aproveito para homenagear uma Mulher com “M” maiúsculo…
A minha MÃE!
Um beijo do tamanho da tua alma...


A todas as restantes mulheres deste Mundo...
E neste dia...
Que seja simplesmente especial e repleto de ternura.
Feliz dia das Mulheres!

segunda-feira, 7 de março de 2011

AURORAS

Vagas transparentes…
Na manhã submersa…
Luzes descendentes…
De clareza inversa…
Sábias conselheiras…
De almas luzidias…
Brindam soalheiras…
Ao romper dos dias…
Dispersam vontades…
Relatam momentos…
Invadem saudades…
Recolhem lamentos…

Alex M

domingo, 6 de março de 2011

REINAR

Ecoam os sinos…
Dos passos ligeiros…
Fugazes destinos…
De ares passageiros…
Das voltas sentidas…
Nas horas passadas…
Que foram cedidas…
Noutras madrugadas…
Se embalam certezas…
Do algo escondido…
Nas garras ilesas…
De um tempo perdido…
E alimentam ecos…
Com vozes tremidas…
Como se os bonecos…
Não tivessem vidas…

Alex M

sábado, 5 de março de 2011

INEXISTÊNCIA

E eis que me acena
Um adeus definido…
Como qualquer pena…
Que invade o sentido…
Na luz da escuridão…
Sento-me, cansado…
Busco a orientação…
Perdida no estado…
Se sobra o pensar…
O que já nada diz…
Só vou lamentar…
O que não desfiz…
Se resposta tenha…
Que seja evidente…
A chama que venha…
Define o ausente…

Alex M