Amanhecer sem sentido...
Num regresso desordeiro...
Só...
Tal qual um foragido...
Ou barco sem timoneiro...
Um céu coberto aparece...
Trazendo orvalho por perto...
Que em mim só transparece...
A lembrança de um deserto...
E caminho divagando...
No que estarei a sentir...
Neste dia em lume brando...
Que parece querer fugir...
E quase nem me apresento...
No local mais pretendido...
Como buscando alimento...
Ou um algo parecido...
Eis que chegado ao destino...
E para ver se o tempo passa...
Compus este desatino...
Como quem escreve por graça...
Alex M
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