segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PRESSENTIMENTO

E sentes que a noite cai
E o sono que não avança
Mais um cigarro que sai
Para te manter a esperança
Deitas as mãos à cabeça
E perguntas-te porquê
Ou esperas que apareça
E depois logo se vê
Soltam-se vozes de fundo
Perguntas sem solução
Conheces um novo mundo
Que se te escapa da mão
E descobres por momentos
Sem saber qual a verdade
Que surgem novos lamentos
E perdeste a liberdade
Que controlo encontrarás
Sem nada poder fazer
E perguntas onde estás
Ou o que podes dizer
É a tua voz que cala
O sentido da razão
E escolhes perder a fala
E só ter opinião
Acabas com as promessas
E esqueces as desgraças
Para te virares às avessas
E calar as ameaças
Pressentes que o futuro
Seja o que estará por vir
E não há lugar seguro
Para o que possa surgir
Esperas cada segundo
Em determinada altura
E guardas de ti, bem fundo
O saber desta aventura
E reconheces por graça
Que valem todos os lemas
Se já tens a carapaça
Só te faltam as algemas!

Alex M

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